Especialidade da odontologia que estudo e realiza o tratamento das perdas dentárias através do planejamento e colocação, no tecido ósseo, dos implantes dentais.
Os implantes dentais são estruturas metálicas semelhantes a parafusos, fabricadas em titânio, cuja função é suportar próteses dentárias unitárias, parciais ou totais, fazendo a função das raízes dos dentes. Ao redor dos implantes ocorre o fenômeno biológico chamado osseointegração, caracterizado pela formação de tecido ósseo ao redor do titânio.
Descoberto em 1950 pelo cientista sueco Branemark, os implantes hoje são usados com segurança em todo o mundo e constituem, na maioria dos casos, a melhor solução para a reposição de dentes perdidos.
Importante ressaltar que os implantes não são os dentes em si, mas o parafuso que sustenta a prótese dentária.
Dessa forma, a colocação de um implante envolve sempre duas etapas: a primeira, cirúrgica, consiste na instalação do parafuso de titânio no tecido ósseo; a segunda, protética, consite na confecção da coroa dentária, ou prótese, fixada sobre o implante através de um parafuso ou cimentada sobre ele.
Entre essas duas etapas o paciente não fica sem dentes. Sempre se planeja a confecção de próteses provisórias para substituir os dentes perdidos até a cicatrização final dos implantes.
Implantes Unitários
São usados para corrigir ausência de um único dente, tornando desnecessário o desgaste de dentes sadios e tratamento de canal para realizar uma prótese fixa convencional (ponte fixa).
Reconstruções Parciais
Planejadas para casos de perda de dois ou mais dentes como substituto das próteses parciais removíveis (roach).
Reconstruções Totais
Para pacientes que precisam usar ou já usam prótese total removível (dentadura). Podem ser realizadas com 2, 3, 4 ou mais implantes, dependendo do caso.
Existe alguma contra indicação para a colocação de implantes?
Qualquer pessoa, após o período de crescimento e com boa condição de saúde pode ser candidato à colocação de implantes. Caso possua essas condições, o próximo passo é avaliar a quantidade de osso disponível.
Para garantir uma correta e segura instalação do implante, faz-se necessária a avaliação da disponibilidade de osso em altura e espessura no lugar onde o dente foi perdido. Para isso é necessária uma avaliação clínica, radiográfica e, em algumas situações a realização de tomografias computadorizadas.
Qual a taxa de sucesso? Existe o risco de rejeição?
A taxa de sucesso dos implantes varia entre 90% a 100% dependendo da localização, da quantidade e qualidade do osso onde o implante foi colocado e da correta indicação do mesmo.
Há diversos fatores que influenciam o resultado final da cirurgia de implante, porém, quando feito em condições favoráveis, a chance de insucesso é muito pequena. Entretanto, quando ela ocorre, não podemos dizer que houve rejeição, uma vez que o implante dentário é feito de titânio, um material biocompatível que não é rejeitado pelo organismo.
O que pode acontecer em alguns casos é o insucesso por falha na união do implante com o osso (osseointegração) por problemas durante a instalação do implante ou durante o período de cicatrização. Nesses casos, pode ser colocado um novo implante no mesmo local. Entretanto, antes de se programar um novo implante é importante detectar a causa do insucesso para que ela não ocorra novamente. Quando bem planejado, a taxa de fracasso dos implantes varia entre 1 a 2% dos casos.
Qual o tempo entre a cirurgia do implante e a colocação do dente?
O protocolo que foi originalmente desenvolvido diz claramente que nós devemos esperar entre três e quatro meses para implantes colocados na mandíbula (na parte de baixo) e quatro a seis meses na maxila (na parte de cima).
Mais recentemente, pesquisas têm sido feitas com a finalidade de diminuir o tempo de espera para a instalação da prótese e novas tecnologia permitem até que os dentes sejam instalados juntamente com os implantes. A isso se denomina carga imediata.
A cirurgia é muito dolorida?
Todo procedimentos cirúrgicos para instalação de implantes é feitos sob anestesia local. Além disso, são prescritos medicamentos antes e após a cirurgia para controle da dor e do inchaço.
Quando a anestesia passa, mais ou menos três ou quatro horas depois da cirurgia, o paciente já está sob efeito da medicação analgésica e anti-inflamatória.
O que pode ocorrer é um desconforto típico de um pós-operatório, pela presença de inchaço e pontos na boca. O nível do desconforto difere bastante de paciente para paciente, mas a maioria não se queixa, pois o período de recuperação é muito curto.
Para que tudo transcorra de uma forma tranquila, uma série de cuidados pré e pós-operatórios, como repouso relativo, são explicados para o paciente.
É muito caro fazer implantes?
Na maior parte dos casos os implantes são cobrados de acordo com o número de parafusos instalados e o tipo de prótese conectada. Existem diversas marcas e modelos de implantes para cada situação clínica.
Isto quer dizer que um mesmo paciente poderá receber implantes com preços diferentes dependendo de cada área da boca e de cada condição do osso remanescente, além da exigência estética da região. Os cirurgiões, entretanto, têm entendido que em uma reabilitação oral, o preço, na verdade, tende a depender da complexidade do caso e não somente do número de implantes instalados.
Evidentemente, o custo final dependerá diretamente de decisões do paciente e do profissional. O especialista decidirá sobre qual o modelo adequado de implante e de prótese, baseado na condição clínica atual do paciente e na expectativa de sucesso de cada alternativa terapêutica.
O que é enxerto ósseo?
Para instalação dos implantes dentários é necessária disponibilidade de osso na maxila, para implantes da arcada superior e na mandíbula, para implantes da arcada inferior.
Após uma perda dentária, entretanto, sempre ocorre algum tipo de perda óssea associada. Para repor esta perda, existem as cirurgias de enxerto ósseo.
De onde é retirado o osso para o enxerto?
Para realização do enxerto ósseo são necessárias uma área doadora, de onde o osso será coletado e um área receptora, onde o implante será colocado. Existem 03 principais origens deste osso: banco de ossos humanos (cadáver), animais (bovino) o próprio paciente (autógeno).
O melhor osso é aquele removido do próprio paciente, por ter a menor chance de rejeição e a melhor cicatrização. Este osso pode ser removido da própria área cirúrgica do implante ou de outras áreas da boca.
Em situações onde a quantidade de osso necessária para reposição é muito grande, a boca não consegue ceder, tendo que se utilizar de área doadora extrabucal (crista ilíaca – “bacia”; calota craniana – “cabeça” e outras) sendo, portanto, necessária a internação hospitalar e a ajuda de um médico anestesista e um ortopedista.
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